Arquétipos de Jung

Carl Gustav Jung, psiquiatra e psicanalista suíço, foi fundador da escola analítica da psicologia. Ele viveu de 1875 a 1961.

Graduou-se em medicina em 1902, pelas universidades de Basileia e Zurich, teve amplo conhecimento cultural e intelectual, elaborou uma variação sobre a obra de Sigmund Freud e a psicanálise, interpretando os distúrbios mentais como uma forma patológica de procurar a autorrealização pessoal e espiritual.

Iniciou seus trabalhos pesquisando as associações verbais, estes estudos proporcionaram-lhe reconhecimento internacional, além de, um período de bastante proximidade com Freud. Entretanto, com a publicação do livro “Transformações e símbolos da libido” (1912), ocorreu o rompimento do relacionamento entre Jung e Freud. Posteriormente, Jung estabeleceu um estreito paralelismo entre os mitos arcaicos e as fantasias psicóticas, explicando as motivações humanas em termos de energia criativa.

Dois anos depois, abandonou a presidência da Sociedade Internacional Psicoanalítica para fundar um movimento denominado psicologia analítica.

Jung sustenta que o inconsciente humano se encontra por assim dizer estratificado em diversas zonas. As mais superficiais correspondem ao inconsciente individual enquanto as profundas constituem o inconsciente Coletivo. Afirma Jung que a formação do primeiro se dá em consequência da unilateralidade do desenvolvimento pessoal, em virtude do qual os materiais que deixaram de ser úteis ou interessantes vão se desvanecendo progressivamente da zona consciente. Todavia, Jung dá mais importância ao inconsciente ancestral ou coletivo que ao pessoal.

De conformidade com o pensamento de Jung, cada um de nós, por mais que enriqueça sua personalidade é apenas uma mostra das infinitas possibilidades que alberga em seu ser e que em parte, não lhe pertence individualmente, visto se acharem na parte mais profunda do inconsciente, constituindo o que ele denomina “psique objetiva”. Não obstante, através dos sonhos, fantasias, devaneios e em certos momentos de êxtase, de “revelação ou visão”, quase alucinatória, é possível que o sujeito sinta ou perceba a mensagem dessa psique objetiva, aparecendo então ante ela, em diversas formas, um ou mais de seus Arquétipos. São eles centros de força ou nos dinâmicos de inconsciente coletivo, no qual ocupam, de acordo com sua antiguidade e origem, posições diversas. Jung os qualifica de várias formas, chamando–os principalmente de “presenças eternas ou imagens arcaicas”, que podem não chegar a serem percebidas pelo conhecimento.

De conformidade com seu pensamento cada um de nós, por mais que enriqueça sua personalidade é apenas uma mostra das infinitas possibilidades que alberga em seu ser e que em parte, não lhe pertence individualmente, visto se acharem na parte mais profunda do inconsciente, constituindo o que ele denomina “psique objetiva”. Não obstante, através dos sonhos, fantasias, devaneios e em certos momentos de êxtase, de “revelação ou visão”, quase alucinatória, é possível que o sujeito sinta ou perceba a mensagem dessa psique objetiva, aparecendo então ante ela, em diversas formas, um ou mais de seus Arquétipos. São eles centros de força ou nos dinâmicos de inconsciente coletivo, no qual ocupam, de acordo com sua antiguidade e origem, posições diversas. Jung os qualifica de várias formas, chamando–os principalmente de “presenças eternas ou imagens arcaicas”, que podem não chegar a serem percebidas pelo conhecimento.

O primeiro arquétipo, Jung denomina “a sombra”; é nosso irmão oculto e também a invisível cauda de sáurio que todo homem arrasta atrás de si, constituído a parte inferior e menos recomendável de sua individualidade, sendo o conjunto de nossas reações primárias procedente de nossa filogenia selvagem.

E assim Jung determina os arquétipos “Ânima e Ânimus”, “Impessoais ou Mandálicos”, etc., e principalmente o arquétipo do “Saber” (noético). E este se encontra intimamente ligado com a história da astrologia, porquanto estando mais profundamente situado que os anteriores, simboliza o conhecimento ou saber acumulado no curso dos séculos pré–históricos. Apresenta–se frequentemente sob a imagem do “velho mago” ou, “adivinho” com indumentárias de professor, profeta, astrólogo, sábio, ou, às vezes, caudilho e mesmo velho barbudo. Para as mulheres apresenta–se como alma mater, sob a aparência da deusa da fertilidade, pitonisa, sacerdotisa, vestal, etc.

Jung considera este arquétipo como sendo exemplo, modelo do que chama “personalidade mana”, capazes de proporcionar ao indivíduo uma confiança em seu próprio saber que lhe permita se liberar da influência de seus genitores, sentindo–se seguro e onipotente.

Dá a entender em diversas passagens de seus trabalhos, que este arquétipo é responsável pelo tremendo grau de convicção que adquirem às vezes em qualquer de nós, algumas intuições e crenças que nos parecem evidentes, apesar de nunca chegarmos a saber de onde emergiram.

Das experiências efetuadas com analisados num plano mais profundo do inconsciente observou que esses clientes que jamais haviam estudado hermetismo, bramanismo, iantrismo, etc… desenharam naturalmente símbolos mandálicos, alquímicos, astrológicos, etc…cuja comum característica era a de se apresentarem visualmente agrupados em tétradas ou adotavam formas correspondentes ao denominado “círculo ou anel mágico” das religiões primitivas. Terminou por dizer que os arquétipos impessoais ou mandálicos representam um fato psíquico autônomo, conhecido por manifestações que tendem em qualquer lugar a repetir–se identicamente, parecendo uma espécie de núcleo atômico cuja íntima estrutura e significado desconhecemos. Afirma ainda que o grande prestígio, que nas diversas civilizações têm o número 4 e seus múltiplos (8, 12, 16, etc….) deve–se a que expressa conscientemente o equilíbrio do mesmo, que por sua vez constitui o centro de gravidade de todo o aparelho psíquico. Por isso o homem “projeta” em sua concepção tetrádica do mundo sua própria imagem íntima. E cita como exemplos os 4 pontos cardeais, os 4 elementos (fogo, terra, ar e água), as 4 valências do carbono, as 4 pontas da cruz, etc…E se essas imagens se conservaram intactas através dos séculos é porque são a expressão de forças psíquicas e espirituais profundamente arraigadas no âmago de nosso ser. É claro que considerados como símbolos do microcosmos (universo humano), os fatores celestes se interpretem de um modo simbólico.

É um fato que toda interpretação astrológica repousa sobre as chaves analógicas planetárias e zodiacais. Como exemplo poderíamos citar o Sol: astrologicamente simboliza a Autoridade, seja familiar, intelectual, profissional, social ou espiritual, podendo ser: o pai, o professor, o marido, o patrão, o chefe, as autoridades constituídas, etc. Poderia constituir ofensa para os menos avisados ao verem classificados sob o domínio de planeta Marte personagens tão diferentes desde o ponto de vista lógico como são os assassinos, açougueiros, militares, cirurgiões, etc. A resposta de que a astrologia é uma verdadeira ciência baseada em fatos da psique humana foi dada pela psicanálise cuja contribuição para a ressurreição da astrologia é inegável. Assim sendo, podemos ver que Freud ao descobrir que o ser humano reage de um modo análogo no plano afetivo seja como pais, educadores, patrões, autoridades etc… (simbolizados astrologicamente pelo sol), não foi senão a confirmação de uma assertiva astrológica secular, o que vem provar que os intérpretes do simbolismo astrológico não são tão inconsequentes, como desejam alguns pseudossábios.

Para corroborar podemos verificar que as profissões simbolizadas por Marte foram também provadas pela psicanálise que nos mostrou que essas personagens que (picam carne) se diferenciam somente pelo nível de escolaridade e correspondem analogicamente ao mesmo estado de desenvolvimento instintivo, produto afetivo do estado “sádico oral”. Exemplos deste e de outros tipos já provados pelas ciências modernas, poderemos observar durante o desenvolvimento de nosso curso. Um exemplo clássico podemos observar no círculo vicioso entre máfia e assassinatos em restaurantes = sádico na 8ª casa ou Escorpião e oral na 2ª casa ou Touro, o eixo de gravitação do problema.

Para dizer a verdade, até o começo deste século, os astrólogos menos instruídos ignoravam sobre o que se baseava esse simbolismo astrológico em função do homem. Esses astrólogos faziam um ato de fé e consideravam essas classificações clássicas como leis que não podiam e nem admitiam discussão. Porém as mais diversas disciplinas descobriram quase que simultaneamente no microcosmos (homem) o simbolismo psicológico. Como exemplo citamos: na psicologia infantil (Piaget, Claperède, Künkel, Buhler, Stern, etc); na antropologia: (Malinowski, Ruth Benedict, Frobenius, Margaret Mead; Kardiner, Fromm, Seligman, Griaule, etc) e principalmente na psicanálise: (Freud, Jung, Adler, Silberer, Jones, Rank, Kronfeld, etc). Imediatamente o simbolismo se revelou como uma patente realidade interior, um conteúdo estrutural da vida fazendo o pensamento simbólico aparecer como inerente à alma humana. Ex. As bandeiras dos países, dos clubes, etc; os símbolos de firmas, etc. Em suma, constitui um processo vital fundamental (o pensamento simbólico) pois se encontra em todas as manifestações psíquicas: é a língua mater do instinto, o verbo do indivíduo inconsciente, o vocabulário com que se expressa a vida afetiva, o sentimento em cada um de nós. O selvagem, a criança, o neurótico, o adulto, o enamorado, o artista, o poeta, o místico, o técnico, o cientista, etc. Todos se expressam pela linguagem analógica e liberam os símbolos de seu inconsciente. E isto é um fato definitivo que confirma em essência a psicologia astral. Os sábios dos primórdios leram realmente no céu, o que se passava neles próprios.

As chaves simbólicas que a psicanálise descobriu no interior do homem são aquelas que os antigos astrólogos (filósofos do universo) decifraram nas figuras celestes.