Astrônomos-Astrólogos?

Muito ao contrário do que se pensa, nem todos os astrônomos são inimigos da astrologia, e poderemos citar alguns casos do mundo contemporâneo: O astrônomo Charles Nordmann, do Observatório de Paris ao escrever no “Le Matin” afirmou “Desde hoje podemos considerar como certo, como estabelecido, que em certos aspectos as longínquas estrelas têm uma ação sobre nossa vida, incomparavelmente mais ativa que a do Sol, a astrologia liberada de algumas práticas absurdas do passado, encontrando de novo, mais privado que nunca, sua ideia mestra das influências astrais, vai renascer e renovar–se sobre bases sólidas e positivas. E com ela vamos indagar e encontrar nas constelações e estrelas inacessíveis os misteriosos fios que regem nosso destino”.

M. L. Filippoff, astrônomo do Observatório da Argélia declarou: “Tivemos a oportunidade de comprovar por nós mesmos, em certos horóscopos erigidos segundo as regras da astrologia tradicional, uma correlação bastante surpreendente entre a interpretação dos temas e a realidade para considerar admissível a hipótese da influência astral no sentido mais amplo da palavra. É muito possível que o encontro destas duas ciências, a astrologia e a astronomia, se produza e forme num futuro mais ou menos próximo, uma ciência nova e antiga ao mesmo tempo, que seria a astrosofia de amanhã… O homem, este microcosmo dos antigos, cujas células estão constituídas por todos os elementos que brilham no Sol e nas estrelas, esta por sua mesma natureza, em afinidade com o universo estelar e é susceptível, como tal, de receber as emanações cósmicas e de responder a elas”.

Albert Einstein, físico e astrônomo afirmou: “A astrologia é uma ciência em si; eu aprendi muito com ela. Os acontecimentos físicos mostram a potência das estrelas sobre o nosso comportamento humano; a astrologia, por seu lado, marca os acontecimentos, por isso ela é uma espécie de elixir da vida para a sociedade”.

Voltando um pouco ao passado podemos com segurança a afirmar que Nicolau Copérnico, o sábio astrônomo que demonstrou a realidade do sistema Heliocêntrico no mundo ocidental, foi a vida toda simpatizante da ciência astrológica, conforme os documentados estudos do professor L. A. Birkenmejer, da Universidade de Cracóvia.

O que transmitimos até aqui pode ser confirmado na obra “Defensa e Ilustracion de la astrologia” de André Barbault, e na sua fonte, nos trabalhos de M. Wilhelm Knappich, diretor da biblioteca de Viena em sua magnífica e imparcial pesquisa sobre a história da astrologia.

Medida do Tempo

O dia, e o ano são as unidades convencionais de medida do tempo.

Há três espécies de dia e quatro espécies de ano:

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Ainda mais precisamente poderíamos incluir o mês conforme as várias revoluções lunares que nos dariam o mês sideral, o trópico e o sinódico.

Dia:– Dia é o tempo gasto pela Terra ao descrever um movimento de rotação em torno de seu eixo. Três são os dias: Sideral, Solar Verdadeiro e Solar Médio.

Dia Sideral:– é o intervalo de tempo que decorre entre duas passagens consecutivas de uma estrela pelo mesmo meridiano. Consta de 23 horas, 56 minutos e 4 segundos.

Dia Solar Verdadeiro:– é o intervalo de tempo que decorre entre duas passagens consecutivas do Sol pelo mesmo meridiano. Pelo fato deste movimento não ser uniforme, resulta que os dias solares não são rigorosamente iguais entre si, razão pela qual o dia solar não pode ser tomado como unidade de tempo, ele é maior do que o dia sideral, excedendo–o, desigualmente, conforme as épocas do ano. Não é possível pois tomar como unidade de tempo o dia sideral, pois este se efetiva pela passagem de uma estrela por um meridiano, fato que não se observa com facilidade; tampouco o dia solar verdadeiro poderia servir, dada a sua desigualdade. Gerou–se então a necessidade de se criar uma medida de tempo em que não se desprezasse o Sol, como nosso grande regulador de atividades. Foi criado então o dia solar médio, que mais não é que a média entre os dias solares verdadeiros de um ano.

Dia Solar Médio:– É o intervalo de tempo que decorre entre duas passagens consecutivas do Sol médio pelo meridiano.

O Sol médio é um Sol fictício que percorre o equador com movimento uniforme, ao mesmo tempo em que o Sol verdadeiro descreve a eclíptica. No entanto, nos equinócios o Sol verdadeiro e o médio se encontrarão. O dia solar médio é sempre maior que o dia sideral, e em relação ao dia solar verdadeiro, ele se adianta ou se atrasa, mas a diferença máxima não chega a 17 minutos. Os dias solares médios são rigorosamente iguais e se dividem em 24 horas, sendo cada hora divisível por 60 minutos e cada minuto divisível por 60 segundos.

A passagem do Sol verdadeiro pelo meridiano estabelece, logicamente, o meio–dia; quando da passagem do Sol médio (que é um Sol imaginário) pelo meridiano, temos o meio–dia médio. No entanto – como ele é um astro fictício, claro está que não é possível observar o meio–dia médio. Mas podemos ver o meio–dia verdadeiro, já que este é determinado pela passagem do Sol verdadeiro.

Podemos no entanto, calcular o meio–dia médio juntando ou subtraindo do meio–dia verdadeiro um certo número de minutos, operação esta que tem o nome de Equação do Tempo, que pode ser positiva ou negativa, conforme o Sol verdadeiro passe pelo meridiano antes ou depois do Sol médio. A equação do tempo será nula quatro vezes por ano, quando então o meio–dia verdadeiro coincidirá com o meio–dia médio; isto se verificará nos seguintes dias: 16 de abril, 14 de junho, 1° de setembro e 25 de dezembro. Fora destas datas haverá sempre uma diferença maior ou menor entre o tempo médio e o tempo verdadeiro, e que, no entanto, não ultrapassará 16 1/2 minutos. A maior diferença se verifica no dia 3 de novembro.

Ano:– É o tempo que transcorre entre dois passos sucessivos do Sol por um ponto determinado de sua órbita; segundo sua base o ano toma diferentes nomes e sua duração tem pequenas variações devido à falta de estabilidade absoluta dos planos fundamentais. Distinguimos três espécies de ano:

Ano Sideral:– É o tempo empregado pelo Sol em coincidir duas vezes – consecutivas com um mesmo ponto da elipse, ou em percorrer exatamente 360°, cujo equivalente em dias médios é: 365 dias, 6 horas, 9 minutos e 10 segundos.

Ano Trópico:– É o intervalo transcorrido entre dois passos consecutivos do Sol pelo ponto vernal, ou ponto Áries, ou equinócio de primavera do hemisfério norte. É menor que o ano sideral, em face da precessão dos equinócios que faz com que o ponto vernal retrograde 50”,2 (cinquenta segundos e dois décimos) por ano, assim que o Sol encontra o ponto Áries ou vernal antes de descrever uma circunferência completa, fazendo o ano trópico equivalente a 360° – 50”,2 – 359° 59’ 9”,8. Em dias médios o ano trópico vale 365 dias, 5 horas 48 minutos e 47 segundos e a diferença entre o ano sideral e o trópico é de 20m23s.

Ano Anomalístico:– É o tempo que transcorre entre dois passos consecutivos do Sol pelo perigeu. É mais longo que o ano sideral porque o perigeu tem um movimento anual em sentido direto, de 11”,.7 aproximadamente. Equivale em dias médios a 365 dias, 6h, 13m e 50s.

Ano Civil:– É o conjunto de dias compreendidos entre 1° de janeiro a 31 de dezembro. Classificam–se em comum, quando composto de 365 dias bissexto, quando consta de 366 dias, o que ocorre de quatro em quatro anos.

No estudo da astrologia é de fundamental importância o conhecimento dos calendários. Com frequência a maior parte dos astrólogos aceitam sem reservas uma data de nascimento para fazerem os cálculos, incorrendo em gravíssimos erros astronômicos, visto levantarem posições planetárias com o calendário gregoriano, quando muitos possuem até hoje datas de nascimento em calendário juliano e mesmo outros.

Embora nos países cristãos o calendário gregoriano esteja adotado a muito, em outros foi aceito a pouco tempo, tendo alguns que até hoje não o adotaram.

Para o historiador o dia exato é importante, porém para o astrólogo a hora do dia, do mês, do ano, exatos, além de importantes são essenciais. E é por isso que solicitamos aos nossos caros alunos que não desprezem este assunto.