Origens da Astrologia
Há séculos as estrelas contemplam os homens das alturas do firmamento, como vigias iluminadas pelas eternas fontes de seu destino; e, da mesma forma que naquele dia em que recebeu de seu Criador os olhos para poder contemplá-las, o homem eleva sua vista até eles, apesar dessa visão embargar-lhe as profundezas da alma.
Nem os descobrimentos da Ciência, que aspira a criar em laboratório, homens artificiais, nem a Técnica que às vezes perturba a paz terrena, nem a indiferença dos incultos, nem a crítica dos séculos conseguirem e tampouco conseguirão dissuadir o homem desta visão inegável do mundo, como jamais ele, homem, desistira de buscar nela e origem de seu ser.
Eis porque o homem da Antiguidade, entre temeroso e admirado, iniciou a adoração dos astros (astrolatria). E, em consequência de observação direta, constatou que alguns se distinguiam dos outros por terem movimento (isto visto por observação visual). Daí a primeira verificação de que alguns eram fixos e outros eram errantes ou móveis (estrelas e planetas).
Certamente foi nesta ocasião que se firmou a crença do papel decisivo que os astros desempenham na vida humana, isso porque os observadores mais perspicazes, depois de longos anos, notarem que certas posições astrais se repetiam simultaneamente com acontecimentos mundanos, como já haviam observado no passado.
Eis porque a astrologia, como todas as demais ciências, passou de início por aquele processo de misto de religiosidade e ciência. Mais uma vez se prova que o homem, diante do desconhecido, se prosterna em atitude de adoração ou foge desabaladamente. E somente com a maturidade é que ele estuda a fenomenologia e suas leis regentes.
Graças a um processo depurativo natural, com o passar do tempo, o sentimento místico se converte num elemento científico consciente.
Em suma, o processo de transformação e que traça sua rota do Crer ao Saber.
O fato de se reconhecer essa remotíssima origem não implica, porém, como querem alguns afoitos, implicitamente a ideia de que a astrologia é oriunda de misticismo sem base, desviada da realidade e nascida do atraso e da superstição.
A antiga astrologia, e especialmente a dos caldeus, tinha um caráter puramente profético. Era o conhecimento baseado nos resultados de contemplação direta dos astros e seus movimentos. O fator principal da astrologia caldaica era a Intuição. Servia aos reis, dentro de uma filosofia religiosa que muitas vezes era destinada a garantir, através de misticismo, a posição dos monarcas.
Era praticada exclusivamente pelos sacerdotes, que costumavam interpretar os fenômenos celestes com fins políticos e de dominação religiosa, o que implicava numa “certa adaptação” da interpretação. O pensamento religioso é tão marcante no inconsciente coletivo, que até mesmo nos dias de hoje, encontram-se pessoas que se escandalizam diante do fato de um astrólogo ser profissional ou dedicar-se a pesquisas científicas, desconhecendo evidentemente que essa fobia está enraizada no pensamento arcaico. É importante salientar que tanto os caldeus como os povos primitivos, devido ao caráter religioso que reputavam a astrologia, ignoravam as provas estatísticas de que hoje nos valemos, graças às facilidades de comunicação internacionais. Era praticada exclusivamente pelos sacerdotes, que costumavam interpretar os fenômenos celestes com fins políticos e de dominação religiosa, o que implicava numa “certa adaptação” da interpretação. O pensamento religioso é tão marcante no inconsciente coletivo, que até mesmo nos dias de hoje, encontram-se pessoas que se escandalizam diante do fato de um astrólogo ser profissional ou dedicar-se a pesquisas científicas, desconhecendo evidentemente que essa fobia está enraizada no pensamento arcaico. É importante salientar que tanto os caldeus como os povos primitivos, devido ao caráter religioso que reputavam a astrologia, ignoravam as provas estatísticas de que hoje nos valemos, graças às facilidades de comunicação internacionais.