Nada de novo sob o Sol

Por mais sensacionais que sejam os conhecimentos obtidos pela Astronomia moderna, através de sua aparelhagem técnico-científica, seria absurdo crer que todos esses conhecimentos sejam produtos da técnica moderna. Grande parte desses conhecimentos e, especialmente a essencial, era conhecida dos antigos sábios. Com o tempo, porém se foram perdendo, assim como se perderam outros conhecimentos científicos (da medicina, da matemática, da química, etc), por idênticas razões.

Como primeiro fator responsável por isso, podemos citar o método de ensino empregado na antiguidade, que, através de sociedades fechadas ou secretas (escolas de iniciação), circunscrevia o conhecimento a um determinado grupo de pessoas, que, na generalidade, fazia parte da alta sociedade de então. Hoje, através de Universidades democráticas, onde qualquer pessoa de qualquer classe social tem possibilidade de frequentar e diplomar-se, o conhecimento tornou-se uma aquisição possível e universal.

Desse método antigo resultou que, por deficiência do sistema, foi gerado uma espécie de egoísmo que trancou definitiva e decisivamente, que tiveram de ser redescobertos através de métodos modernos, nos últimos séculos. A maior prova disso são os postulados de Hermes Trismegisto que encerram em seu íntimo o conhecimento moderno, sem feri-lo numa vírgula. Podemos citar ainda o Brahmagupta (tratado astronômico dos Vedas que compõe o “Jyotish”); escrito mais ou menos 3.100 a.C., entre as várias matérias tratadas, afirmava:

  1. O movimento planetário heliocêntrico, de nosso sistema;
  2. A obliquidade da eclíptica;
  3. A forma esférica da Terra;
  4. A Luz refletida da Lua;
  5. A revolução diária da Terra em seu eixo;
  6. A presença das estrelas fixas na via láctea;
  7. A Lei da Gravidade;

Poderíamos citar ainda uma infinidade de fatores científicos que somente chegaram ao conhecimento do mundo ocidental depois de Copérnico e Newton. Os números árabes, indispensáveis à alta matemática, chegaram a nós por intermédio dos árabes da Índia.

Corroborando estas assertivas, temos que a estrutura atômica da matéria já era bem conhecida dos antigos hindus (naturais do Hindustão). Aulukia, também chamado Kanada (o comedor de átomos), nascido há mais ou menos 2.800 anos, foi um dos maiores propagandistas da filosofia “Vaisesika” (da raiz sânscrita vivesas, o mesmo que individualidade atômica).

Um resumo de Vaisesika diz o seguinte:

  1. A moderna teoria atômica;
  2. O movimento das agulhas para o magneto;
  3. A circulação da água nas plantas;
  4. Akasha ou éter, inerte e sem estrutura como base para transmitir as energias sutis;
  5. O fogo solar como a causa de todas as outras formas de calor;
  6. O calor como causa do câmbio molecular;
  7. A Lei de gravitação é causada pela qualidade inerente nos átomos da Terra para dar–lhes poder atrativo ou de empuxo!
  8. A natureza cinética de toda a energia; a causação está sempre enraizada num gasto de energia ou numa redistribuição do movimento;
  9. Dissolução universal, através da desintegração atômica;
  10. A radiação dos raios do calor e luz, nas infinitas partículas enviadas em todas as direções com inconcebível velocidade (a moderna teoria dos raios cósmicos, que o célebre físico brasileiro César Lates, está estudando presentemente na cidade de Campinas, neste Estado).
  11. A relatividade do tempo e do espaço;

Vaisesika determina a origem do mundo ao que chama “a nu”, que deve ser traduzido por “uncut” (grego), ou seja, o Indivisível, eterno em sua natureza, ou seja, em suas ultérrimas peculiaridades. Esses átomos foram vistos como cativos de um incessante movimento vibratório. Não nos cabe aqui discutir como a Física moderna encara essas afirmações, porquanto isso não é campo e tampouco afeta a estrutura da astrologia.

A analogia de que o átomo é um sistema solar em miniatura (Lei de Hermes o que está embaixo é como o que está em cima), não é nova, pois os antigos filósofos vaisésicos reduziram o tempo ao seu ultérrimo conceito matemático, descrevendo a mais pequena (menor) unidade de tempo (chamada kala), como o período tomado por um átomo para recorrer sua própria unidade de espaço.

Maiores informações sobre o assunto poderão ser encontradas na revista East–West, de fevereiro a abril de 1934, e também nos livros “História da Química Hindu”, do Dr. P. C. Ray e “A Ciência Positiva dos Antigos Hindus”, do Dr. B. N. Seal.

As preliminares acima descritas demonstram claramente que, no caso da astrologia matemática, os iniciadores não partiram de conceitos místicos, mas, essencialmente, de conhecimento verdadeiramente científico.

Antes de continuarmos a explanar estas preliminares, cumpre–nos salientar que as mesmas estão sendo inseridas neste curso, a fim de fornecer aos nossos alunos o suficiente alicerce de argumentação científica e histórica para habilitá–los a qualquer discussão com pessoas que apreciam denegrir a astrologia científica, sem qualquer conhecimento fundamental da matéria.

Aproveitamos esta lição para abordar o voo Terra–Lua, pela Apolo 11. Ao pisarem o solo lunar, os astronautas iniciaram um formidável processo da renovação e de reavaliação de valores éticos, religiosos e sociais, tão grande que, conforme o próprio estudante avaliará, sulcará uma nova moral humana, revolucionando um sem número de escolas espiritualistas e científicas que terão que rever suas afirmações inexoravelmente.

As religiões já se movimentam para modificar suas afirmações centenárias, reavaliando seus conceitos filosóficos e até mesmo, em alguns casos, conceitos teológicos. A segurança psicológica que os chamados “Mestres” do ocultismo e da religião implantavam na estrutura psico mental do homem começa a cair por Terra como o desmoronamento de uma enorme fortificação apodrecida e gasta, visto que algumas escolas filosóficas (cujos Mestres se diziam enviados do absoluto, portanto infalíveis) afirmavam categoricamente que o homem nunca chegaria a Lua, porque o espaço é curvo, etc., outros afiançavam que os Russos chegariam primeiro, pois a Bíblia afirma isso, e ainda outros diziam que a Lua é um satélite habitado por uma antiga raça, cujos componentes são principalmente mulheres, etc.. etc., começam a ser desmentidos pelos fatos, libertando assim os homens de uma porção de condicionamentos estúpidos e nada construtivos.

Certas teorias científicas soçobram diante dos fatos e à medida que as análises se sucedem em Cabo Kennedy, elas passam a fazer parte do passado. Diante do esboroamento desse castelo de afirmações, em que pé fica a grande ciência de Hermes? Porventura a astrologia foi desmentida? Astrologicamente qual seria nossa posição diante desse fato novo? A ciência astrológica afirma, desde os primórdios, que a Lua está domiciliada no signo de Câncer (a aula sobre os domicílios será dada oportunamente, dentro da sequência do curso). Câncer é o signo que os antigos e também nós representamos por caranguejo. Ora todos sabemos que o mencionado crustáceo anda para trás.

Quem assistiu pela televisão lembrará que os astronautas logo de início observaram que Era mais fácil andar para trás que sentiam um impulso de andar para trás. Coincidência?

A astrologia também afirma que a Lua governa o passado, as cores indiferentes, etc. Graças às análises que estão sendo efetuadas e as que ainda o serão, depois de novas viagens, os cientistas determinarão, com certeza, a idade real da Terra e conhecerão o nosso passado. As rochas lunares não possuem cores definidas, inclusive tem sido um problema para classificá–las. É coincidência?

Para aceitarmos tantas coincidências dos antigos astrólogos e astrônomos, citemos o caso da pirâmide de Kheops, considerada uma das sete maravilhas do mundo com sua altura de 150 metros e sua base que abarca uma superfície de 5 hectares, não existe construção que possa ser comparada com ela e até hoje engenheiros e arquitetos se perguntam, de que meios se valeram os antigos sábios egípcios para construí-la.

Quando os sábios que formavam parte da expedição organizada em tempos de Napoleão Bonaparte, começaram a verificar a triangulação do Egito, a Pirâmide de Kheops lhes serviu de ponto de partida para estabelecer um meridiano central, e qual foi o assombro ao verificarem que prolongado as linhas diagonais do maravilhoso monumento, se delimitava exatamente o Delta formado na desembocadura do Nilo, e que o meridiano piramidal cortava a região déltica em setores rigorosamente iguais.

Que recursos teriam empregado os geômetras faraônicos? Na era moderna o planeta foi recorrido em todas as direções e os técnicos se puseram de acordo para determinar um meridiano, ponto de partida de todas as longitudes.

Depois de muitas vacilações escolheram o meridiano de Paris, que a Inglaterra não tardou em substituir pelo de Greenwich, mas as escolhas não foram perfeitas, pois o meridiano Ideal foi o estabelecido pelos sábios egípcios na Grande Pirâmide de (linha norte–sul), pois é o que passe por maior número de Terras e o menor de mares; o que se transforma em exclusivamente oceânico a partir do estreito de Bering, o que é mais estupendo ainda, é que se calcularmos exatamente a extensão das Terras que o homem pode habitar, conclui–se que o meridiano da pirâmide as divide em porções rigorosamente proporcionais.

Multiplicando-se a altura da pirâmide por um milhão, resulta na distância entre a Terra e o Sol, isto é 148.208.000 Km., o que difere somente de um milhão de km da medida oficial obtida com os mais modernos métodos.

Considerando–se que o erro (pelo menos até agora apurado pela ciência), é de 0,7 %, ou seja, pouco mais de três segundos luz, o que nada significa em se tratando das enormes dimensões cósmicas. Efetuando novas medidas, o famoso astrônomo Clarcke calculou o diâmetro polar da Terra em 6.356.521 metros. Dividindo esta medida por 10 milhões, obteremos a medida da base da pirâmide, isto é 0,635651.

Ainda mais: multiplicando–se a medida básica por 100 milhões obteremos com uma aproximação que não poderia ser superada pelos mais modernos instrumentos a distância que a Terra percorre em 24 horas. Poderíamos citar ainda, uma porção de dados extraordinários da Grande Pirâmide, inclusive aquele dos seus quatro lados que mediam primitivamente 232,805m cada, que multiplicados:

232,805 x 4 = 931,22m

Dividamos agora está magnitude pelo duplo da altura que possuía a pirâmide na época de sua construção, ou seja, 148,208.

Ou seja, o grau de aproximação que se chegou para comparar as duas quantidades incomensuráveis entre si, do diâmetro e da circunferência, valor geométrico importantíssimo cujo descobrimento os homens desde longa data consagraram seus mais incansáveis esforços.

Considerando estes simples dados, você ainda os consideraria como coincidência?

Como indicar um ponto na Esfera

Para indicarmos um ponto na esfera usamos, como já foi dito, duas indicações: a latitude e a longitude do ponto desejado. Por exemplo: a capital de São Paulo. Consultando um mapa, obteremos a latitude de 23º31’ sul e a longitude de 46°31’ oeste de Greenwich; diremos então que São Paulo está a 23° 31’ Lat S e 46°31’ Long W.

Trópicos

A partir do equador, a 23° 27’ norte, encontramos um paralelo, que é internacionalmente conhecido como Trópico De Câncer. Da mesma forma, que a 23° 27’ a partir do Polo Norte, temos o Círculo Polar Ártico.

Também contados 23º27’, a partir do equador em latitude sul, temos o Trópico De Capricórnio, assim como contados os mesmos graus a partir do Polo Sul, encontraremos o Círculo Polar Antártico.